No Rio Grande do Sul, Polícia Civil desmonta rede de lavagem de dinheiro ligada ao “golpe dos nudes"

Mais de R$ 320 milhões teriam sido movimentados por grupo envolvido em extorsões digitais

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul deflagrou, nesta terça-feira (10), uma nova fase de uma investigação contra a lavagem de dinheiro relacionada a crimes de extorsão, conhecidos como “golpe dos nudes”. A operação cumpriu ordens judiciais também em Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro.

Sete pessoas foram presas até o momento. A ofensiva policial resultou na suspensão das atividades de 16 empresas, bloqueio de 300 contas bancárias, apreensão de 37 veículos e sequestro de 10 imóveis.

Segundo as autoridades, os investigados integrariam uma organização criminosa que atuava em diversos estados brasileiros, utilizando empresas de fachada, contas em nome de terceiros e intermediários para ocultar a origem dos recursos obtidos ilegalmente.

A operação é um desdobramento de uma investigação iniciada em setembro de 2024, que apurava extorsões cometidas por meio de ameaças virtuais após a troca de imagens íntimas. A partir da evolução das apurações, os agentes identificaram o núcleo responsável por gerenciar os recursos e realizar as movimentações financeiras fraudulentas.

De acordo com a Polícia Civil, os investigados movimentaram mais de R$ 320 milhões. A identificação dos líderes do esquema foi possível com base no cruzamento de dados bancários, registros fiscais e mandados de busca anteriores.