China confirmou um investimento de R$ 5,6 bilhões no mercado brasileiro
Com aporte de R$ 5,6 bilhões, a maior empresa de delivery do mundo inicia sua operação no Brasil a partir de setembro.

A gigante chinesa de tecnologia e serviços de entrega Meituan confirmou sua entrada no mercado brasileiro por meio de sua marca internacional Keeta, com um investimento estimado em R$ 5,6 bilhões ao longo dos próximos cinco anos. A companhia deve iniciar as operações no Brasil em setembro de 2025, com foco inicial no segmento de delivery de alimentos.
O escritório da Keeta já está instalado em São Paulo, na região da Vila Olímpia, e vem estruturando parcerias com restaurantes, redes e pequenos estabelecimentos para ampliar sua base de oferta. A empresa também anunciou a criação de centrais de atendimento no Nordeste, com a previsão de 3 mil a 4 mil empregos diretos e até 100 mil postos indiretos nos próximos anos.
A Meituan informou que pretende trazer ao Brasil soluções já testadas em outros mercados, como entregas com drones e veículos autônomos, o que deve reduzir custos logísticos, ampliar a cobertura em áreas de difícil acesso e encurtar significativamente o tempo de entrega.
A chegada da Meituan ao país marca uma das maiores movimentações de capital estrangeiro no setor de entregas dos últimos anos. Reconhecida como líder na China, onde opera não apenas com delivery, mas também com serviços digitais variados, a companhia aposta no Brasil como um mercado estratégico em sua expansão global.
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Clique para se inscreverAtualmente, o mercado brasileiro é dominado pelo iFood, que concentra mais de 70% das transações de delivery de refeições. A entrada da Keeta promete intensificar a concorrência em um setor que já conta com a presença de outros players internacionais, como Rappi e 99Food (DiDi).
De acordo com o cronograma anunciado, a Keeta deve iniciar as entregas em São Paulo e em outras capitais brasileiras entre o final de 2025 e o início de 2026, com planos de expansão para até 15 regiões metropolitanas até 2026.
A empresa afirmou que pretende investir fortemente em tecnologia, marketing e subsídios para consumidores e restaurantes, estratégia semelhante à aplicada em Hong Kong e na Arábia Saudita, mercados onde a Keeta já está presente.
Além da disputa comercial, a expansão ocorre em meio a questões jurídicas: em agosto de 2025, a 99, controlada pela chinesa DiDi, entrou com ação contra a Keeta no Brasil, alegando semelhanças na identidade visual entre os aplicativos. A Meituan, por sua vez, defende que sua marca mantém padrões consistentes utilizados há mais de uma década em outros países. O Brasil se torna um dos primeiros mercados latino-americanos a receber a marca Keeta.