CPI da Pousada Garoa: Dono não comparece a depoimento; ex-presidente da FASC nega negligência da prefeitura

Na sessão da CPI da Pousada Garoa realizada em 2 de junho de 2025, o proprietário André Kologeski não compareceu para depor, alegando falta de segurança. O ex-presidente da FASC, Cristiano Roratto, negou negligência da prefeitura e afirmou desconhecer irregularidades na pousada.

02/06/2025 | 18:55
CPI da Pousada Garoa: Dono não comparece a depoimento; ex-presidente da FASC nega negligência da prefeitura
Cristiano Roratto em depoimento à CPI da Garoa. Foto: Marlon Kevin/CMPA

Na sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara de Vereadores de Porto Alegre realizada nesta segunda-feira, 2 de junho de 2025, o proprietário da Pousada Garoa, André Kologeski, não compareceu para prestar depoimento, alegando falta de segurança. Seu advogado solicitou que o depoimento fosse realizado por escrito. Kologeski já foi indiciado por homicídio com dolo eventual no inquérito policial que investiga o incêndio ocorrido em abril de 2024 na unidade da pousada na avenida Farrapos, que resultou na morte de 11 pessoas 

Durante a sessão, foi ouvido Cristiano Roratto, ex-presidente da Fundação de Assistência Social e Cidadania (FASC) na época do incêndio. Roratto afirmou que não visitava as unidades da Pousada Garoa e que a responsabilidade pela fiscalização era da equipe técnica da FASC. Ele também declarou desconhecer o histórico judicial do proprietário da pousada e as dívidas da empresa com a prefeitura. Sobre a ausência do Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndios (PPCI) nas unidades, Roratto disse que não era uma exigência legal para a licitação e que a verificação do PPCI não era competência da FASC, mas sim do Corpo de Bombeiros .

Roratto negou que houvesse negligência por parte da prefeitura na condução do contrato com a Pousada Garoa. Ele justificou que, após o incêndio, o contrato não foi rompido imediatamente devido a motivos de força maior, como a enchente de maio de 2024, que ocorreu na semana seguinte à tragédia .

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A CPI está na fase final de seus trabalhos, com a votação do relatório final prevista para o dia 23 de junho. O próximo depoimento será o de Patrícia Mônaco Schüler, servidora municipal que era fiscal do contrato da prefeitura com a Pousada Garoa, marcado para quarta-feira, 4 de junho. Este depoimento será restrito aos vereadores que integram a CPI .